IDEIAS FILOSÓFICAS PARA PENSAR O EXTREMISMO




NARCIZISMO

[a] Causa: Crises podem elevar ou sublevar o ego. As redes sociais deram vazão a quem já tinha a tendência latente de sobrelevar o seu eu. 

[b] Efeito: Contudo, esse eu deixou de representar a si mesmo e passou a ser uma [1] projeção de si. (Facebook, Instagram, Lives?)  Essa projeção subverte o real e pode produzir uma desconexão.

 

IDEALIZAÇÃO (PERDA DE CONEXÃO COM O REAL)

[a] Causa: Em situações de instabilidades e crises por meio de mudanças bruscas, as pessoas tendem a [1] perder o senso crítico e a capacidade de reflexão

[b] Efeito: O fato de não conseguirem enxergar com clareza o que virá, produz formas de [2] imaginação do realCrenças (religiosas, políticas, morais, espirituais) aparecem no cenário como formas de solução rápida, o passado é idealizado e glorificado e a [3] tradição deixa de fazer parte do solo de construção do futuro e se torna o próprio futuro, dogmatizando-o ou destruindo-o.

 

DOGMATISMO

[a] Causa: Crises atacam as certezas e suas condições. Dogmatismos, fundamentalismos, relativismos, e ceticismos são posturas idênticas. Tanto quem nega quanto quem afirma com extremidade, não possui certezas, pois [1] se agarram na crença da afirmação ou da negaçãoOs meios de comunicação e as redes sociais democratizaram o acesso à informação, por outro lado, tornaram a linguagem e sua verificação cada vez mais problemática pela produção [2] de falsas provas e pela rapidez da informação. 

[b] Efeito: As tecno-ciências produziram provas contra si mesmas, fragmentando a importância da racionalidade e das ciências para a sociedade, sobrando apenas um único critério: o moral.

 

MANIQUEÍSMO E MORALIZAÇÃO

[a] Causas: O oposto não é somente oposto, ele é alguém que deve é culpado pela minha infelicidade e do mundo todo.O reducionismo assume toda a forma de pensar e o foco moral passa ser o único critério de análise. 

[b] Efeito: As consequências do maniqueísmo e da moralização está na crença da [3] irreparável reconciliação.  Ele não pode ser tolerado. Qualquer ato de misericórdia é se compactuar com o erro, é ser cúmplice do pecado e deve ser igualmente condenado. Perde-se qualquer caráter de pluralidade e a diferença cai no ostracismo.

 

DEMONIZAÇÃO E MESSIANISMO

[a] Causa: Em condições de crise, novidades são vistas como [1] ameaças. Toda mudança exige sacrifícios, perdas e resignificações. 

[b] Efeito: Porém, o  [2] ataque agressivo, a intolerância e a demonização são defesas comuns fruto de moralização do real, como se a realidade se definisse exclusivamente com os parâmetros morais de grupos vigentes e estes devem ser expostos de forma cada vez mais grandiosos.

 

ESPETACULARIZAÇÃO

[a] Causa: O modelo binário moralizador criam messias e demônios. Ambos devem ser figuras amplamente divulgadas. Os ataques às ambiguidades não são no âmbito privado, mas no público. Quanto pior, melhor. Quanto mais feio, melhor, É um verdadeiro [1] teatro de horrores e um espetáculo da paspalhice. As mídias sociais são pratos cheios para isso.

[b] Efeito: A publicização do privado, a comédia da vida privada, vira notícia do dia. A privacidade, justiça, exposição perdem o sentido e o sensacionalismo assume o único valor aceitável. Privado passa a ser visto como 'oculto' e deve ser trazido a tona da pior forma possível. As pessoas tornam seus "stories" em confessionários de seus sentimentos privados e a vida passa ser um espetáculo 

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